Palavras como globalização, imperialismo, neoliberalismo, multipolarização e blocos econômicos tornaram-se parte do cotidiano das sociedades, principalmente a partir dos anos 1970. Cada uma delas faz parte do conjunto de acontecimentos chamado nova ordem mundial, expressão utilizada para identificar a organização das relações internacionais pós-guerra. A nova ordem mundial estabeleceu-se no final da década de 1980, após a queda do Muro de Berlim e a desintegração do bloco soviético. Atualmente, as denominações “países capitalistas” e “países socialistas” foram substituídos pelos termos Norte e Sul.
Criticas: Durante debate recente, nos Estados Unidos, fui questionado sobre o que pensava da internacionalização da Amazônia. O jovem introduziu sua pergunta dizendo que esperava a resposta de um humanista e não de um brasileiro. Respondi que, como humanista, sentindo o risco da degradação ambiental que sofre a Amazônia, podia imaginar a sua internacionalização, como também de tudo tem importância para humanidade.
Se a Amazônia, sob uma ótica humanista, deve ser internacionalizada, internacionalizaremos também as reservas de petróleo do mundo inteiro.
BUARQUE, Cristóvam. O Globo, 23 out. 2000
Neoliberalismo: a política do Estado mínimo
A prática do neoliberalismo é norteada, fundamentalmente, pela idéia do Estado mínimo, que, em termos econômicos, significa intervenção estatal mínima sobre a atividade econômica, e esta deve ser regulada pelo mercado e suas leis, segundo a doutrina liberal da “mão invisível”, cuja referência central é a obra de Adam Smith.
Outra questão fundamental é a postura assistencialista do poder público. Os expoentes do neoliberalismo acreditam que a sociedade civil deve buscar soluções para seus problemas, e não o Estado. A ele cabe apenas a tarefa de garantir o bem comum e o equilíbrio social.
A política neoliberal só seria consolidada de fato nos anos 1970 e 1980, principalmente nos governos de Margaret Thatcher, no Reino Unido, de Ronald Reagan, nos Estados Unidos, e de Helmut Kohl, na Alemanha Ocidental, difundindo-se posteriormente para outros países do mundo.
GLOBALIZAÇÃO
Um dos principais fenômenos que caracterizam os anos que se seguiram ao fim da Guerra Fria é o crescente processo de globalização, ou seja, a integração do espaço mundial, caracterizada pelo fluxo intenso de capitais,serviços ,produtos e tecnologias entre os países. A globalização criou uma interdependência entre os mercados financeiros, em escala mundial,encurtou as distâncias e barateou a informação. Um exemplo pode ser a indústria automobilística, que fabrica um mesmo modelo de carro em montadoras localizadas em diversos países e os comercializa no mundo todo. As empresas não ficam mais restritas a um país ,sejam como vendedoras ou como produtoras.
Estratégias da multipolaridade
A teoria da multipolaridade , ou formação de mega blocos, parte do pressuposto de que o mundo de hoje tem como base associações de países de uma mesma região geográfica por meio do estabelecimento de relações político-econômicas privilegiadas, visando uma atuação conjunta no mercado internacional. Que a parti daí surgiu a APEC e a MERCOSUL.
O MERCOSUL é um acordo de integração econômico reunindo inicialmente Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai.O MERCOSUL é um projeto de construção de um mercado comum cuja execução se encontra na fase de união aduaneira.
A Apec foi criada em 1989. Antes dela, falava-se muito na formação de um bloco asiático comandado pelo Japão, mas o Oceano Pacifica, e não a Ásia, acabou sendo o elemento de união desse bloco comercial.
A globalização e a banalização da cultura
No mundo contemporâneo, a produção cultural e a formação de conceitos estéticos têm sido constantemente associadas à organização do sistema de produção e consumo. Trata-se da “filosofia do dinheiro”, tendência que estabeleceu uma correspondência entre arranjos de marketing sofisticados e os mais variados tipos de consumidores.Isso quer dizer que criatividade e talento não são elementos suficientes para se produzir um artefato cultural.
A outra face da globalização
Outros temas presentes na agenda do G-8 e também do FMI e do Banco Mundial, são as crises que, de tempos em tempos, golpeiam as economias dos países em desenvolvimento. Algumas estão associadas a ataques especulativos dirigidos contra a moeda e os títulos desses países, que proporcionam lucros fabulosos aos manipuladores do mercado. Uma parte desses ataques atingiu o México, os chamados Tigres Asiáticos, a Rússia e o Brasil.
A marcha contra a globalização
As reuniões do G-8, banco mundial, FMI e OMC têm sido acompanhadas por protestos cada vez mais amplos e organizados contra a atuação dessas instituições. Os movimentos antiglobalização têm composição heterogênea, arregimentam ambientalistas, indígenas, sindicalistas, militantes de grupos de esquerda, agricultores , estudantes, religiosos e outros segmentos sociais.
Criticas: “Cerca de 60 mil participantes provenientes de uma centena de países estão em Porto Alegre, interessados nas grandes conferências matutinas e em mais de 800 seminários e oficinas, em torno de múltiplos temas, que darão conteúdo ao 2º Fórum Social Mundial. A prioridade não é contrapor se ao Fórum Econômico Mundial, transferido de Davos para Nova York , nem denunciar os desacertos gritantes do atual modelo de globalização, mas abrir pistas de esperança, a partir de experiências concretas, rumo a um novo modelo de sociedade sustentável,solidária...
BETTO, Frei. Um outro mundo é possível.
BETTO, Frei. Um outro mundo é possível.
Fabrício 11 - Jeane 14 - Jéssica Kelly 16 - Luan Oliveira 23 – Rebeca 33 – Stefany 34 – Vitor 40
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